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Um grande assunto do momento discutido com profundidade. Natuza Nery vai conversar com jornalistas e analistas da TV Globo, do G1, da GloboNews e dos demais veículos do Grupo Globo para contextualizar, explicar e trazer um ângulo diferente dos assuntos mais relevantes do Brasil e do mundo, além de contar histórias e entrevistar especialistas e personagens diretamente envolvidos na notícia.
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Americanas – o novo capítulo da fraude
R$ 25 bilhões. Este é o tamanho da fraude que colocou dois ex-executivos da Americanas na lista de procurados da Interpol. Nesta quinta-feira (27), a Polícia Federal fez uma operação para prender preventivamente Miguel Gutierrez, CEO da empresa por quase 20 anos, e Anna Christina Saicali, ex-diretora da Americanas. A dupla teve R$ 500 milhões em bens bloqueados e, além deles, outras 14 pessoas foram alvo da PF. Para entender o que levou dois ex-diretores da Americanas a entrar na lista de pessoas mais procuradas do mundo e o status da investigação sobre a fraude que maquiou resultados financeiros do conglomerado do varejo, Natuza Nery conversa com Talita Moreira, editora de Finanças no jornal Valor Econômico. Talita relembra como a fraude, revelada em 11 de janeiro de 2023, foi uma “bomba atômica” no mercado financeiro. Ela relata ainda os fatores que permitiram que o esquema passasse despercebido por uma década. E conclui como a investigação da PF ainda deve revelar mais detalhes sobre o esquema bilionário.
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Maconha: o que diferencia usuário de traficante
O STF fixou nesta quarta-feira (26) em 40g a quantidade de maconha que define se um portador é usuário ou traficante. Um dia antes, a maioria dos ministros do Supremo decidiu pela descriminalização do porte de maconha para consumo próprio. Para entender os critérios definidos pelo STF e o que muda na prática, Natuza Nery conversa com Cristiano Maronna, doutor em Direito Penal pela USP e diretor da organização Justa. Autor do livro “Lei de Drogas Interpretada na Perspectiva da Liberdade”, Maronna explica a diferença entre liberação e descriminalização de maconha e avalia se o parâmetro de 40 gramas é muito ou é pouco. Ele analisa os efeitos da decisão do Supremo, válida até o momento em que o Congresso legislar sobre o tema. Maronna explica por que, na avaliação dele, o julgamento no STF perdeu a oportunidade de repensar a política criminal e antidrogas brasileira.
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A liberdade de Julian Assange
Em 2010, a jornalista brasileira Natalia Viana estava à beira do Rio Tapajós quando recebeu uma ligação de uma inglesa a convocando para “um projeto que seria um dos maiores furos jornalísticos de todos os tempos”. Sem saber exatamente quem estava do outro lado, Natalia embarcou para Londres, onde dias depois se viu frente a frente com o hacker e ativista Julian Assange, fundador do WikiLeaks. Natalia é a convidada de Natuza Nery neste episódio e narra como foi estar no centro de uma das publicações do WikiLeaks, que divulgou centenas de milhares de documentos confidenciais do governo e de militares dos Estados Unidos. Natalia explica como era o trabalho do ativista e relembra as várias acusações contra Assange. Depois de ficar 7 anos asilado em uma embaixada, ser preso e passar 5 anos isolado em uma prisão, o australiano fechou um acordo com o governo dos EUA, se declarou culpado e agora está em liberdade.
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Mortes em Meca: o risco de eventos sob calor extremo
A tragédia durante a peregrinação à cidade sagrada dos muçulmanos deixou mais de 1,3 mil mortos este ano. Feito sob o calor de quase 52°C, o ritual envolveu 1,8 milhão de peregrinos na Arábia Saudita – a maior parte deles, turistas. Na Europa, a preocupação é com as Olimpíadas de Paris, que podem ser as mais quentes da história. Um relatório que envolveu cientistas e seis medalhistas olímpicos alerta que o calor acima da média poderá levar os atletas ao colapso. Para entender os riscos de grandes eventos e aglomerações de pessoas em tempos de eventos climáticos extremos, Natuza Nery conversa com a especialista em política climática Marina Marçal, chefe de Diplomacia para Cidades e Advocacy na C40 Cities, um grupo de lideranças climáticas. Marina chama atenção para os perigos que grandes aglomerações representam em tempos de recorde de calor, e destaca ações que podem ser tomadas para mitigar os impactos para a saúde. Ela destaca ainda o papel das autoridades na prevenção dos efeitos do calor extremo: “gestores públicos não podem temer alertar a população sobre as medidas de proteção”, conclui.
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Contrato de namoro: o que é e os riscos
Feito como brincadeira entre o jogador de futebol Endrick e a namorada, esse tipo de acordo tem sido usado para blindar bens individuais durante uma relação. E tem crescido no país nos últimos 8 anos: além de preservar o patrimônio das duas partes, esse tipo de instrumento serve para deixar claro a não intenção de constituir uma família - evitando, assim, que o relacionamento seja visto como uma união estável. No entanto, o mecanismo pode expor um dos envolvidos a armadilhas. Para entender o que pode e o que não pode nesse tipo de acordo e qual a diferença entre o contrato de namoro e a união estável, Natuza Nery conversa com Miriane Ferreira. Advogada especialista em direito da família, ela explica os casos em que esse tipo de acordo é válido e pontua cuidados na hora de estabelecer o contrato, evitando futuros anulamentos judiciais. Além disso, ela conclui como, em muitos casos, o contrato de namoro pode prejudicar o indivíduo da relação menos favorecido financeiramente.
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Ziraldo suspenso e o revisionismo literário
O livro “O Menino Marrom” foi retirado de escolas municipais de Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, depois da pressão de famílias de estudantes que classificaram a obra como “agressiva”. Lançada pelo cartunista Ziraldo há quase quatro décadas, o livro conta a história de dois amigos – um negro e um branco. A suspensão de livros e o questionamento sobre seus conteúdos não é uma novidade, tampouco exclusividade brasileira. Livros do escritor britânico Roald Dahl como ‘Matilda’ e ‘A Fantástica Fábrica de Chocolate’ foram reeditados e tiveram palavras substituídas. Na música, o cantor e compositor Chico Buarque excluiu de seu repertório a canção “Com açúcar, com afeto”, que retratava uma relação considerada abusiva entre um homem e uma mulher. Para entender o que a suspensão, o banimento e a revisão das artes revelam sobre a sociedade contemporânea, Natuza Nery conversa com Marisa Lajolo, escritora, professora e crítica literária. Professora do curso de Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marisa avalia que a suspensão da obra de Ziraldo em Minas Gerais “não é um fato isolado”. Ela relembra obras que foram banidas e perseguidas durante séculos, e pontua a necessidade de famílias, educadores e escolas conversarem com crianças e adolescentes sobre suas leituras: “o livro precisa ser discutido. É preciso ler com os filhos”, conclui.