Como Assim

Como Assim

#ComoAssim é um podcast do PÚBLICO sobre fenómenos da cultura pop. Todas as semanas, a jornalista Inês Rocha desconstrói as nossas obsessões colectivas, para as compreender melhor. Publicado às quintas-feiras, às 16h.

  1. 5 THG 12

    Como sobreviver com saúde mental à parentalidade no século XXI #ComoAssim

    Ser pai ou mãe nunca foi simples, mas no século XXI, a tarefa tornou-se ainda mais desafiante. As redes sociais não só impõem padrões irreais como bombardeiam os pais com regras contraditórias, produtos "essenciais" e julgamentos constantes. Educar filhos tornou-se um exercício de equilíbrio que muitas vezes leva os pais à exaustão. O burnout, um distúrbio causado por exaustão física, emocional e mental, tem sido cada vez mais estudado no contexto da parentalidade. Segundo dados recolhidos em 2021-2022 por investigadores da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, 8% dos pais portugueses sentem sintomas de burnout de forma muito frequente. O valor quadruplicou face a uma outra recolha feita em 2018 (1,8%). Mas como é que ser pai e mãe, uma tarefa que a espécie humana assegura há milhares e milhares de anos, se tornou uma experiência tão avassaladora para a nossa saúde mental? E como é que podemos garantir que sobrevivemos a ela da forma mais saudável possível? No último episódio da temporada de #ComoAssim, conversamos com pais e psicólogos sobre como sobreviver aos desafios da parentalidade no século XXI. Ouvimos Maria Inês Mano, criadora de conteúdos sobre maternidade, Carolina Vieira, influenciadora de viagens na página Mochileiros VC, mas também psicólogas especialistas em burnout parental: Marisa Matias, Isabelle Roskam e Moïra Mikolajczak. Siga o podcast #ComoAssim e receba cada episódio todas as quintas-feiras às 16h no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts. ​Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    42 phút
  2. 28 THG 11

    Estamos a fazer “swipe left” às aplicações de encontros? #ComoAssim

    A era aplicações de encontros estará a chegar ao fim? Em Maio, um inquérito da Forbes Health a mil utilizadores norte-americanos concluiu que grande parte da Geração Z está cansada das aplicações de encontros. A dificuldade em encontrar uma boa ligação nas aplicações é apontada como a maior explicação para o cansaço. O fenómeno verifica-se também no negócio: desde que entrou na bolsa, em 2021, até agora, o valor das acções do Bumble caiu 92%. Já a Match Group, a empresa dona do Tinder e de outras apps de encontros, caiu cerca de 80% desde a mesma altura. Mas há alternativas a este género de aplicações a reunir cada vez mais interessados: grupos de corrida ou caminhada especiais para solteiros, festas exclusivas, jantares de grupo para desconhecidos ou até mesmo aplicações “normais” que são utilizadas para conhecer pessoas. Há ofertas para todos os gostos, mas a promessa é a mesma: ajudar-nos a criar ligações reais a começar no mundo real. Mas de onde vem este cansaço à volta das aplicações de encontros? Estaremos a voltar, de vez, à forma analógica de conhecer pessoas? Neste episódio de #ComoAssim, participamos num dos jantares que todas as semanas juntam estranhos à mesma mesa na cidade do Porto. Ouvimos também Rita Sepúlveda, autora do livro Swipe, Match, Date, um homem que caminha para o seu quinquagésimo jantar com desconhecidos e a psicóloga Luana Cunha Ferreira, terapeuta familiar e professora na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. Siga o podcast #ComoAssim e receba cada episódio todas as quintas-feiras às 16h no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts. ​Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    32 phút
  3. 21 THG 11

    “Cleantok”. Como o TikTok tornou a limpeza irresistível #ComoAssim

    Há quem encontre prazer no som de uma esponja a ser espremida ou no brilho de um chão acabado de lavar. Outros deliciam-se com o antes e depois de espaços desorganizados que se transformam em lugares imaculados. Despensas normais transformam-se numa espécie de loja de snacks – espaços dignos de figurar num catálogo. Principalmente desde o início da pandemia de covid-19, o “Cleantok” explodiu, primeiro no TikTok e depois nas outras redes sociais. Com mais de 150 mil milhões de visualizações, esta comunidade viral tornou a limpeza e organização um fenómeno cultural. Tarefas banais como esfregar o chão ou organizar despensas tornaram-se cativantes. Mas porque gostamos tanto de assistir a estes vídeos? E será que essa obsessão pela perfeição pode trazer mais stress do que tranquilidade? Neste episódio do #ComoAssim, exploramos o mundo do “Cleantok”. Ouvimos Joana Tavares, criadora de conteúdos de limpeza e organização na página Joana at Home, os investigadores Alexandre Duarte e Patrícia Dias, especialistas em marketing e publicidade digital, e ainda o psicólogo e terapeuta cognitivo-comportamental Fernando Lima Magalhães. Nos últimos anos, a limpeza deixou de ser apenas uma tarefa doméstica e tornou-se uma sensação online. No “Cleantok”, uma comunidade viral no TikTok com mais de 150 mil milhões de visualizações, vídeos que mostram o antes e o depois de espaços limpos, sons relaxantes e organização impecável conquistaram milhões de seguidores. Este episódio do #ComoAssim mergulha no fenómeno que transformou uma actividade banal em conteúdo irresistível. Vamos entender por que razão esses vídeos são tão satisfatórios, ouvir especialistas sobre os impactos psicológicos e explorar os perigos por trás da obsessão pela casa perfeita. Afinal, o “Cleantok” é apenas entretenimento ou reflecte algo mais profundo sobre o nosso comportamento nas redes? Siga o podcast #ComoAssim e receba cada episódio todas as quintas-feiras às 16h no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts. ​Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    26 phút
  4. 14 THG 11

    Da simplicidade do minimalismo à exuberância do maximalismo #ComoAssim

    Há pouco mais de uma década, o minimalismo invadiu os nossos ecrãs. Das redes sociais à televisão, uma ideia é repetida em todo o lado: menos é mais. O mote é “destralhar”: reduzir os nossos pertences e guardar apenas aquilo que nos traz real valor. O estilo de vida baseia-se numa tendência anterior, vinda da moda, design e arquitectura, baseada em linhas rectas, simples, com tons neutros. O guarda-roupa cápsula, com peças neutras que combinem com todas as outras, é glorificado. Mas, nos últimos anos, a tendência começou a desaparecer, para dar lugar exactamente ao oposto: a exuberância do maximalismo. No TikTok, surge um vídeo a explicar como se veste uma “portuguese girlie”: “É tudo sobre combinar os padrões errados da forma certa.” Há quem recuse a identificação, mas dentro da comunidade da moda no Tiktok, a nova estética maximalista domina. Mas como assim? Será esta tendência maximalista apenas mais um fenómeno passageiro das redes sociais? Ou será um indício de que o mundo está realmente a mudar e a tornar-se mais exuberante? E se a mensagem do minimalismo era de consumo mais responsável, porque é que tão depressa como chegou desapareceu? Neste episódio do podcast #ComoAssim, ouvimos Marie, artista e influencer mais conhecida pela página La Vie de Marie, e Maria João Martins, jornalista e historiadora de moda. Siga o podcast #ComoAssim e receba cada episódio todas as quintas-feiras às 16h no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    30 phút
  5. 7 THG 11

    A reforma aos 40 vale mesmo a pena? Os problemas do movimento FIRE #ComoAssim

    No final da década passada, a Internet estava cheia de histórias de pessoas que tinham conseguido reformar-se mais cedo do que o normal. Bem mais cedo. A maioria dos exemplos era norte-americana. Pessoas que viviam os primeiros anos de carreira de forma extremamente frugal, a poupar ao máximo, com o objectivo de aos 30, 40 anos, passarem a viver só do retorno dos seus investimentos. A comunidade autodenominou-se FIRE: Financial Independence Retire Early – em português, “independência financeira, reforma antecipada”. Mas mais recentemente começámos a assistir a uma tendência inversa: pessoas que atingiram o FIRE, que se reformaram muito cedo… e acabaram por se arrepender da decisão. Mas como assim?! Agora que o FIRE está a produzir resultados, com cada vez mais jovens reformados, sobretudo nos Estados Unidos, porque é que o movimento está a esmorecer? Neste episódio de #ComoAssim, mergulhamos nas contradições de uma das maiores modas financeiras da Internet. Conversamos com Rita Piçarra, ex-directora financeira da Microsoft Portugal, que se reformou aos 44 anos, e com Inês Correia, influenciadora na área das finanças pessoais que durante anos lutou para atingir o FIRE, mas acabou por desistir do objectivo. Siga o podcast #ComoAssim e receba cada episódio todas as quintas-feiras às 16h no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    34 phút
  6. 31 THG 10

    Pseudociência. O elefante na sala da espiritualidade “Nova Era” (Parte 2) #ComoAssim

    No último episódio de #ComoAssim, visitámos o retiro Diana Gathering, em Mação, organizado por Rute Caldeira e Tiago Farraia, um casal de professores de ioga e meditação. O encontro incluiu práticas como ioga, meditação, soundhealing e uma cerimónia de cacau, típicas de um universo espiritual que atrai cada vez mais seguidores: o movimento Nova Era. Mas, além das práticas de bem-estar, neste movimento cresce também uma tendência inquietante: a rejeição da ciência moderna. Entre meditações e rituais, é comum, no movimento Nova Era, ouvir discursos de desconfiança em relação à medicina e à indústria farmacêutica, com muitos participantes a recusarem medicamentos, vacinas e diagnósticos médicos. Ao longo do retiro que visitamos, ouvem-se expressões que fazem soar alarmes: “como é que há 5 mil anos já se sabia tanto sobre saúde e depois nada disto se sabe nos dias de hoje”; “nós temos a capacidade de ficar doentes, mas também temos a capacidade de nos curarmos”; "antes de tomares um antidepressivo, experimenta o cacau". Ao promover práticas ditas naturais e alternativas, o movimento tende a rejeitar o conhecimento científico, ecoando um discurso de auto-suficiência onde a responsabilidade pela saúde recai apenas sobre o indivíduo. Mas o que explica esta tendência do movimento Nova Era para diabolizar o progresso científico? Neste episódio, partimos do exemplo da espiritualidade à volta do cacau – porque nos ajuda a perceber a maneira como funciona o movimento, de que forma bebe de outras culturas e as adapta debaixo deste chapéu de espiritualidades. Através deste exemplo, olhamos para o elefante na sala: o discurso pseudocientífico que se instalou no movimento Nova Era e os riscos que pode trazer para a nossa saúde. Para isso, ouvimos Armando Brito de Sá, especialista em medicina geral e familiar com particular interesse por promover a literacia científica, David Marçal, bioquímico, divulgador de ciência e autor do livro Pseudociência, Donizete Rodrigues, professor de Sociologia e Antropologia, e ainda Lucimara Rett, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a fazer um caminho espiritual na cosmovisão Maia. Texto alterado às 17:20 do dia 13/11/2024, para clarificar a atribuição de citações.  Siga o podcast #ComoAssim e receba cada episódio todas as quintas-feiras às 16h no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    42 phút
  7. 24 THG 10

    O milagre da multiplicação dos retiros espirituais (Parte 1) #ComoAssim

    Nos últimos tempos parece ter havido uma espécie de milagre da multiplicação dos retiros espirituais: nas redes sociais, actrizes, cantoras e outros influenciadores digitais juntam-se a gurus espirituais, terapeutas e coaches para promover eventos em Bali, na Índia, nas Maldivas ou simplesmente em sítios remotos em Portugal. Nos programas, planos de meditação, oga, banhos de som celestiais e práticas xamânicas. Há quem prometa momentos de transformação e cura, acabar com o stress e ansiedade, ajudar-nos a "renascer para a nossa mais incrível versão". Por vezes são retiros caros, a ultrapassar os quatro mil euros. Mas tal como os livros e cursos destes gurus, esgotam muito facilmente. Mas como assim? O que leva tanta gente a participar neste tipo de eventos? Do que estão à procura e o que encontram? Para perceber isto, o #ComoAssim entrou num destes retiros. Neste episódio, visitou o "Dhyana Gathering", um retiro de quatro dias organizado em Mação, no centro do país, por Rute Caldeira e Tiago Farraia, um casal de professores de meditação e ioga. Um retiro que contou também com convidados como Ângelo Surinder, terapeuta sonoro fundador da "Cosmic Gong", Shivani, coach espiritual que orienta cerimónias de cacau, e a cantora brasileira Tainá, que deu um concerto privado durante o retiro. No primeiro de dois episódios sobre espiritualidade, procuramos também perceber o que explica o interesse cada vez maior, em Portugal, por espiritualidades importadas da Índia e de povos indígenas da América latina. E mergulhamos no movimento Nova Era, com a ajuda de Donizete Rodrigues, professor de Sociologia da Universidade da Beira Interior, e de Tiago Pinto, investigador da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Áudio alterado às 17:28 do dia 13/11/2024, com correção sobre a meditação orientada no retiro, que não é da autoria de Osho, mas popularizada por ele Siga o podcast #ComoAssim e receba cada episódio todas as quintas-feiras às 16h no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    42 phút
  8. 17 THG 10

    Os gurus da produtividade estão a prejudicar a nossa saúde mental? #ComoAssim

    Neste episódio de #ComoAssim, mergulhamos no lado negro da obsessão com a produtividade nas redes sociais. O mundo da produtividade nas redes sociais tenta responder a um problema real da nossa sociedade: vivemos num mundo cada vez mais competitivo e frenético. Queremos fazer mais e melhor, subir na carreira mais rápido, experimentar começar aquele projecto com que sempre sonhámos.  Mas às vezes, encaixar tudo o que queremos fazer em 24 horas é um desafio. Há os imprevistos, o cansaço, a terrível preguiça e a procrastinação.  Os gurus da produtividade estão cá para nos ajudar a resolver tudo isso. Para trazer finalmente organização às nossas vidas. Para optimizá-las, com ferramentas e rotinas "super-humanas". Mas há um lado perverso em tudo isto: não só não funciona, como pode ser perigoso para a nossa saúde mental. São os próprios gurus da produtividade a admiti-lo. Neste episódio de #ComoAssim, ouvimos a youtuber Mariana Vieira, uma portuguesa bem conhecida no ecossistema internacional da produtividade no Youtube, que tem aprendido muito, à custa da própria saúde mental. Ouvimos também o que a psicologia e a sociologia nos dizem sobre a distância entre a produtividade e o burnout, com a psicóloga Tânia Gaspar, coordenadora do Laboratório Português dos Ambientes de Trabalho Saudáveis e a socióloga Ana Paula Marques, investigadora da Universidade do Minho. See omnystudio.com/listener for privacy information.

    27 phút

Giới Thiệu

#ComoAssim é um podcast do PÚBLICO sobre fenómenos da cultura pop. Todas as semanas, a jornalista Inês Rocha desconstrói as nossas obsessões colectivas, para as compreender melhor. Publicado às quintas-feiras, às 16h.

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