Educa a dor JULIANA BARCELLOS DE SOUZA
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- Health & Fitness
Educa a minha dor. Conversas e estratégias para ajudar você a EDUCAr A sua DOR. Conduzido pela Fisioterapeuta Dra. Juliana Barcellos de Souza, Ph.D. Idealizadora do modelo e responsável técnica da clínica Educa a dor localizada em Florianópolis/SC. www.educaador.com ou nas redes sociais @educaador.
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Episódio 8 - Pactuar
O pacto que nosso herói faz na obra de Odisseia, ele decide quando está em plena consciência o que fazer para poder atender ao seu desejo sem correr riscos. O Pacto de Ulisses foi um “combinado" com a sua tripulação para que ele pudesse “matar a sua curiosidade” e ouvir o canto das sereias, mas sem comprometer a vida de sua equipe.
Ele sabia que se ouvisse o canto das sereias seria atraído e isso o levaria à morte. Ele próprio não confiava em sua habilidade para tomar uma decisão esclarecida quando estivesse ouvindo o tal canto. Para impedi-lo de mudar de idéia, o pacto contou com a ajuda de sua equipe: ele orientou sua tripulação a tapar os ouvidos (com cera de abelha) e prendê-lo bem firme ao mastro do navio. Apesar de se contorcer e lutar contra ele próprio, atravessa ileso e extremamente fatigado pelo recanto das sereias. O curioso nessa história é que Ulisses, nosso herói, sabia que ele mesmo não seria “confiável” em sua tomada de decisão dentro daquele ambiente com o sedutor canto das sereias. Eu adoro essa aventura, pois ela ilustra como nosso cérebro é dinâmico e podemos cair em armadilhas influenciadas pelo meio ambiente em que estamos. Quantas vezes você já percebeu isso? Aquela história de “cai de novo na armadilha, … briguei/ calei” Peguei a isca e me dei mal. Parece que eu não aprendo? Calma aí! Não é exatamente uma questão de aprendizado, mas é essa interação entre partes emocionais, cognitivas e corporais (somáticas) do nosso cérebro.
Para saber mais: https://www.educaador.com/single-post/pactuar-consigo-mesma-o -
Episódio 7 - Fazer
No dia 14 de março, nesta segunda-feira, a associação internacional para o estudo da dor divulgou o dia da dor funcional. Mas o que seria essa dor? Por que um dia para essa dor?
No passado a dor era associada a lesão e ponto final. Um verdadeiro desacato a individualidade, variabilidade e heterogeneidade à complexidade do ser humano.
Na última década a compreensão da dor está inserida em um paradigma onde ela está associada a outras condições de saúde, pode ou não estar ligada a comorbidades físicas e emocionais; mas com certeza está vinculada a perda da qualidade de vida e perda da funcionalidade.
A dor poderia ser por uma inflamação, por uma lesão no tecido nervoso, mas também pode ser por uma alteração nos circuitos cerebrais de interpretação, como a dor da fibromialgia, a dor lombar sem causa específica (aquela pessoa que tem dor mas nenhum exame de imagem explica).
A dor tem diferentes funções e em nossa evolução histórica ela é um fator importante para garantir a sobrevivência da espécie. Mas essa interpretação do evento é ajustada de acordo com o meio onde estamos.
Para saber mais: https://www.educaador.com/single-post/dor-funcional -
Episódio 6 - Ser
Quem sente mais dor, a mulher ou homem?
Quem é mais sensível a dor, o homem ou a mulher?
Quem tolera mais dor?
Quem será que está mais exposto a situações de dor, o homem ou a mulher?
Social e cientificamente essas perguntas permeiam discussões familiares, entre amigos, profissionais de saúde e pesquisadores.
Do ponto de vista biológico, sabemos que as fêmeas costumam ser mais sensíveis aos estímulos que os machos. Ou seja, para um mesmo cheiro, a fêmea perceberia o odor antes do macho;
para uma espetada na pata, a fêmea se protege antes do macho. Então, quando falamos em sentir o estímulos externos, os potenciais agressores aos corpo, as fêmeas são mais sensíveis.
Sociólogos argumentam a maior sensibilidade feminina a dor, ao olfato, à visão, ao paladar e a audição, tem o fator protetor da cria. Assim as fêmeas poderiam estar atenta a predadores e outros riscos do meio ambiente e agir de precoce. Enquanto os machos precisariam de um estímulo mais forte para sentir por envolverem-se mais em combates, lutas, caça.
Mas, sentir dor é diferente de tolerar a dor.
Saiba mais https://www.educaador.com/single-post/dor-%C3%A9-feminino -
Episódio 5 - Crescer
Apesar de parecer estranho, crianças também podem sofre com dor persistente.
A dor é uma forma de expressar e comunicar que algo está errado conosco, e as crianças também aprendem a pedir ajuda avisando que estão com dor.
Infelizmente, muita gente pensa que se a criança queixa-se de dor é por que ela quer atenção, não deve ser grave…. Afinal de contas quando ela está com os amigos ou distraída com um joguinho no celular ela não reclama.
Aí é que a gente se engana, e é sobre isso que quero conversar hoje.
Quando a criança comunica que está com dor, ela está buscando ajuda. Assim como você comunica seus familiares e agenda a sua consulta com o médico ou fisioterapeuta. A criança depende do adulto para ir a uma consulta médica.
O problema é que quando o médico investiga, faz um monte de exames de sangue, de imagem, radiografias, tomografia computadoriza, ressonância magnética,…. Mas não encontra nada que justifique essa dor. Pois é, isso acontece com adultos e com crianças.
Para saber mais https://www.educaador.com/single-post/dor-na-crian%C3%A7a-e-no-adolescente -
Episódio 4 - Caminhar
Em cada consulta com um profissional de saúde,
acredito que você já tenha ouvido recomendações como :
-Reduzir o consumo de bebida alcoólica e de cigarros
-Alimentar-se com produtos saudáveis e
- Praticar exercício físico regular.
Essas recomendações são clássicas e descritas como mudanças de hábito de vida ou de estilo de vida.
Desde o final da década de 70, há fortes evidências que essas mudanças no estilo de vida reduzem a incapacidade e a gravidade de doenças do coração, pulmão, diabetes, obesidade, …e até das dores nas costas!
Acredito que isso tudo você já saiba, e esteja até cansado de ouvir falar, mas o que eu trago para nossa coluna de hoje: como essas informações mudaram nossas vidas de lá para cá!
Nos anos 80, na década seguinte em que não havia mais como negar essa realidade, cada país, estado, cidade e bairro sai em busca de estratégias para solucionar esse problema do “estilo de vida na comunidade”. Alguns modelos são clássicos nessa história.
Para saber mais https://www.educaador.com/single-post/mudan%C3%A7a-de-h%C3%A1bitos-de-vida-voc%C3%AA-j%C3%A1-ouviu-falar