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A equipe de jornalistas da Ilustríssima, da Folha, entrevista autores de livros de não ficção ou de pesquisas acadêmicas.

Ilustríssima Conversa Folha de S.Paulo

    • Arts
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A equipe de jornalistas da Ilustríssima, da Folha, entrevista autores de livros de não ficção ou de pesquisas acadêmicas.

    Camilo Rocha: Música eletrônica combinou contracultura e elitização

    Camilo Rocha: Música eletrônica combinou contracultura e elitização

    A história de São Paulo é entremeada com a história da cena de música eletrônica da cidade.
    Camilo Rocha defende a ideia em "Bate-estaca", livro que registra as transformações da noite e da própria São Paulo desde o fim dos anos 1980, quando DJs deixaram de ser figuras quase desconhecidas, gêneros como house e techno tomaram as pistas e o movimento clubber ganhou força na cidade.
    O autor é, ao mesmo tempo, observador e participante da história que narra: DJ e jornalista, Rocha acompanhou as mudanças dos sons e dos comportamentos na noite paulistana, as marcas da desigualdade de São Paulo nesse universo cultural e a explosão das raves nas proximidades da capital.
    Também assistiu à hiperfragmentação e a elitização da música eletrônica que levaram à decadência da cena em São Paulo na metade dos anos 2000.
    Na entrevista, Rocha fala sobre os clubes underground que ajudaram a projetar drag queens ao mainstream da cultura brasileira e a oferecer espaços de socialização a pessoas LGBTQIA+ e das fricções entre utopias filiadas à contracultura e o impulso de sucesso comercial que permeiam essa história.
    Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Raphael Concli Este episódio inclui a faixa "Gimme Fantasy", do DJ Mr. Gil
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    • 39 min
    Natalia Viana: Sem Assange e WikiLeaks, não teria havido Vaza Jato e Lula 3

    Natalia Viana: Sem Assange e WikiLeaks, não teria havido Vaza Jato e Lula 3

    Natalia Viana tinha acabado de conhecer Julian Assange, em novembro de 2010, quando recebeu dele o recado em um papel: "Não fale uma palavra".
    A jornalista brasileira viajou para Londres sem saber quase nada sobre o projeto em que acabaria se envolvendo, mas logo se deu conta do alcance e dos riscos do que Assange e o WikiLeaks estavam planejando: a divulgação de 250 mil telegramas de embaixadas dos Estados Unidos.
    No recém-lançado "O Vazamento", a autora apresenta um balanço dessa experiência, que marcou a sua trajetória e mudou os rumos da sua carreira —bem como transformou o jornalismo nos anos 2010 e influenciou negociações diplomáticas e protestos populares ao redor do mundo.
    O livro transporta os leitores para o casarão, no interior da Inglaterra, em que a equipe se isolou antes da divulgação dos documentos e retrata a personalidade de Assange, registrando atitudes machistas e sua postura controladora, ao mesmo tempo que reconhece sua grandeza como figura histórica.
    O fundador do WikiLeaks passou os últimos 12 anos privado de liberdade. No fim de junho, ele se declarou culpado, como parte de um acordo para ser libertado, de uma acusação baseada na Lei de Espionagem dos EUA.
    Neste episódio, a jornalista diz que esse desfecho cria um precedente que ameaça o trabalho de jornalistas investigativos em todo o mundo e critica o uso, nos EUA, da ideia de segurança nacional para deslegitimar a publicação de documentos confidenciais de interesse público e apagar da história iniciativas como o WikiLeaks.
    Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Raphael Concli See omnystudio.com/listener for privacy information.

    • 44 min
    [Conteúdo Patrocinado] Podcast discute o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

    [Conteúdo Patrocinado] Podcast discute o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

    A cada hora, seis crianças ou adolescentes são vítimas de violência sexual no Brasil. Mas esse número deve ser bem maior, porque apenas 8,5% dos casos são notificados. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023 aponta ainda que denúncias desse tipo de violência aumentaram 16,4%, em 2022, e a maioria das vítimas tem entre 10 e 17 anos.
    O combate à exploração sexual de crianças e adolescentes é causa social da Vibra, a maior distribuidora de combustíveis e lubrificantes do Brasil, e tema de podcast realizado em parceria com o Estúdio Folha, ateliê de conteúdo patrocinado da Folha de S.Paulo.
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    • 37 min
    Raquel Barreto: Lélia Gonzalez captou resistência de negros em festas populares

    Raquel Barreto: Lélia Gonzalez captou resistência de negros em festas populares

    Lélia Gonzalez (1935-1994), uma das mais celebradas intelectuais negras brasileiras do século 20, publicou dois livros em vida.
    "Lugar de Negro" saiu em 1982, em coautoria com Carlos Hasenbalg. Já "Festas Populares do Brasil" foi lançado cinco anos depois. A obra teve patrocínio da Coca-Cola, e seus 3.000 exemplares foram distribuídos como presente de fim de ano.
    Por isso, o livro sempre teve uma circulação muito restrita —até agora, quando chega ao mercado em uma edição da Boitempo com materiais inéditos e textos de apoio.
    Neste episódio, o podcast recebe Raquel Barreto, curadora-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio, pesquisadora do pensamento de Lélia e autora do prefácio de "Festas Populares do Brasil".
    Ela discute como Lélia interpretou no trabalho a formação da cultura brasileira, partindo da ideia de que os africanos trazidos para o Brasil precisaram encontrar formas para recriar suas práticas culturais nos interstícios da escravidão, e fala sobre o papel das imagens na obra.
    O volume têm registros do bumba meu boi de São Luís, das cavalhadas de Pirenópolis, da celebração de Iemanjá de Salvador e do Carnaval do Rio, entre outras festas, produzidos por fotógrafos como Januário Garcia, Marcel Gautherot, Maureen Bisilliat e Walter Firmo.
    Veja aqui galeria de fotos do livro
    Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Raphael Concli Leitura de trecho do livro: Priscila Camazano See omnystudio.com/listener for privacy information.

    • 37 min
    Carlos Poggio: Brasil freou ação imperial dos EUA na América do Sul

    Carlos Poggio: Brasil freou ação imperial dos EUA na América do Sul

    Para entender como os EUA exercem seu poder no resto do continente, é preciso se afastar do conceito de América Latina. Essa ideia é defendida por Carlos Poggio em "O Império Ausente", resultado da sua tese de doutorado em relações internacionais.
    Poggio, hoje professor universitário no Kentucky, ressalta que o padrão de intervenção dos EUA nos últimos dois séculos foi muito diferente na região que abarca o México, a América Central e o Caribe e na América do Sul.
    O pesquisador aponta que, na sua vizinhança mais imediata, os Estados Unidos consolidaram uma ação imperial mais nítida —com a desestabilização indireta de governos eleitos ou a invasão de países por tropas militares. Na América do Sul, por outro lado, o Brasil, pilar da estabilidade regional, afetou a equação de custos e benefícios de intervenções americanas mais severas.
    Essa análise dá peso à política externa brasileira e refuta a ideia de que o país segue os ditames de Washington como um fantoche. O retrato que emerge, no entanto, pode ser ainda mais desabonador para o país, como no caso do envolvimento da ditadura militar brasileira no golpe no Chile em 1973.
    Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Raphael Concli See omnystudio.com/listener for privacy information.

    • 44 min
    Luís Fernando Tófoli: Ayahuasca não pode ser sequestrada pelo capitalismo

    Luís Fernando Tófoli: Ayahuasca não pode ser sequestrada pelo capitalismo

    O Ilustríssima Conversa desta semana recebe Luís Fernando Tófoli, professor de psiquiatria da Unicamp e coordenador da Icaro, rede de pesquisa e divulgação sobre a ayahuasca.
    Tófoli é um dos organizadores de uma coletânea de textos sobre a bebida psicodélica. "Visões Multidisciplinares da Ayahuasca" reúne trabalhos que analisam, entre outros temas, a história do uso do chá no Brasil, as evidências de seu potencial no tratamento de transtornos mentais e seus efeitos no cérebro humano.
    Na entrevista, Tófoli discute a evolução das pesquisas sobre a ayahuasca e o que se sabe hoje sobre seus efeitos terapêuticos em pacientes com depressão e o que ainda precisa ser investigado.
    O pesquisador também trata das demandas de povos originários —a ayahuasca, afinal, tem raízes em grupos indígenas da América do Sul— e dos rumos atuais da política de drogas do Brasil.
    Produção e apresentação: Eduardo Sombini Edição de som: Raphael Concli See omnystudio.com/listener for privacy information.

    • 44 min

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