85 episodes

"O que ler agora?" é o podcast de livros do Plural, feito com apoio das editoras Aleph, Antofágica, Arte e Letra, Companhia das Letras, Fósforo, Luna Parque, Mundaréu, Roça Nova, Rua do Sabão, Tabla e Todavia.

A apresentação é dos jornalistas Rogerio Galindo e Irinêo Netto.

Com sede em Curitiba (PR), o Plural é o maior jornal nativo digital do sul do Brasil. Por ser uma publicação independente, é financiado sobretudo por seus leitores (e ouvintes).

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O que ler agora‪?‬ Plural

    • Arts

"O que ler agora?" é o podcast de livros do Plural, feito com apoio das editoras Aleph, Antofágica, Arte e Letra, Companhia das Letras, Fósforo, Luna Parque, Mundaréu, Roça Nova, Rua do Sabão, Tabla e Todavia.

A apresentação é dos jornalistas Rogerio Galindo e Irinêo Netto.

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    Episódio 2.8: Luci Collin descarta fórmulas prontas nos contos de "A peça intocada"

    Episódio 2.8: Luci Collin descarta fórmulas prontas nos contos de "A peça intocada"

    No último episódio da segunda temporada de "O que ler agora?", a escritora Luci Collin e o editor Thiago Tizzot conversam com o jornalista Irinêo Netto sobre o livro de contos "A peça intocada", um coletânea de 15 narrativas curtas que exploram as possibilidades da literatura, sejam elas formais ou de conteúdo.

    O livro de Luci Collin, "A peça intocada", faz parte da campanha do Plural com a Arte e Letra: você assina o jornal e ganha livros da editora curitibana. Saiba mais sobre a campanha, aqui.

    Collin abre o livro com a história "Matiz das armadilhas", uma história que é dedicada "ao senhor Lewis C. e sua garotinha", numa referência a Lewis Carroll e ao clássico "Alice no país das maravilhas". Nesse conto, e também em outros pontos do livro, a escritora mostra um talento espetacular para criar vozes, com seus modos de falar, gírias e musicalidade.

    Não por acaso, Luci Collin estudou música (é pianista) e também é tradutora (seu trabalho mais recente foi verter para o português "O bebê de Rosemary"). Além, é claro, de escrever poesia."Eu escrevo em voz alta. Vou escrevendo e fazendo as vozes", diz Collin no podcast, e emenda brincando que seus vizinhos devem pensar que ela aluga quartos dada a variedade de pessoas que circulam pela casa.

    Se existe um tema que amarra os contos de "A peça intocada", ele é o jogo. A escritora propõe ao leitor jogos literários diferentes. "Eu sou uma experimentalista", diz ela. "Acredito muito que o artista existe na sociedade para suscitar a reflexão."

    Luci Collin foi professora da Universidade Federal do Paraná por duas décadas e, como escritora, publicou 24 livros entre prosa e poesia. Ela estreou em 1984 com os poemas de "Estarrecer" e recebeu elogios de ninguém menos que Paulo Leminski. Por fim, venceu prêmios como Jabuti e o da Biblioteca Nacional. Ela publicou três livros pela Arte e Letra e um quarto, "Lição invisível", também de contos, deve sair até o fim do ano.

    • 50 min
    Episódio 2.7: Caetano W. Galindo e as estratégias para ler e entender poesia

    Episódio 2.7: Caetano W. Galindo e as estratégias para ler e entender poesia

    Muitos sabem que Caetano W. Galindo é tradutor de "Ulysses", de James Joyce (pelo qual recebeu prêmios como o Jabuti). Além disso, ele é hoje best-seller com o livro "Latim em pó", um ensaio sobre a história da língua portuguesa, publicado pela Companhia das Letras. Mais recentemente, assinou a dramaturgia de peças teatrais para Felipe Hirsch e Bete Coelho. Mas poucos sabem que Galindo também é poeta.

    "Para mim, poesia é uma coisa meio privada", diz Galindo, neste episódio de "O que ler agora?", o podcast de livros do Plural. "Poesia é uma coisa que me dá uma satisfação de relojoeiro, de ficar fazendo e refazendo." Tanto assim que ele passou anos escrevendo "Onze poemas". Um dia, reuniu os trabalhos e propôs a ideia do livro para o editor Thiago Tizzot, que topou na mesma hora.

    O livro "Onze Poemas" faz parte da campanha do Plural com a editora Arte e Letra: você assina o jornal e ganha livros de autores curitibanos (são oito títulos disponíveis). Saiba mais sobre a campanha, que vai até o dia 10 de setembro de 2023, aqui.

    Com design de Sandro Valdrighi, "Onze poemas" é lindo como objeto: um livro pequeno, de capa dura e guardas azuis, que podem ser interpretadas como uma referência à obra do pintor Cy Twombly (1928–2011), que inspirou alguns dos versos de Galindo.

    Na conversa com o jornalista Irinêo Netto, o escritor fala sobre as pessoas que dizem não ler poesia porque não entendem de poesia. "Só que você não precisa entender de prosódia poética e formas complexas para ler um poema e achar bonito."

    E ele explica que há uma diferença entre quem não domina os mecanismos da poesia e as pessoas que dizem, simplesmente, que não entendem poesia (nesse caso, sem o "de"). "Tem uma coisa que é realmente contraintuitiva na poesia", diz Galindo. "Essas coisas não foram feitas para serem entendidas no sentido simples em que a gente entende um bilhete, ou um conto ou uma série de tevê."

    Ouça a conversa com Caetano W. Galindo neste episódio de "O que ler agora?".

    • 39 min
    Episódio 2.6: O humor revolucionário de Jamil Snege em "Viver é prejudicial à saúde"

    Episódio 2.6: O humor revolucionário de Jamil Snege em "Viver é prejudicial à saúde"

    O escritor Jamil Snege (1939–2003), tema do podcast "O que ler agora?", tinha um senso de humor radical. Tanto que ele conseguiu escrever, há mais de 20 anos, um romance sobre um homem branco em crise de meia-idade, insatisfeito com o trabalho e infeliz na vida pessoal, e que envelheceu bem. O livro, não o personagem. No mundo de hoje, trata-se de um feito espetacular. O segredo para fazer isso? Senso de humor.

    E Snege conseguiu fazer isso com um talento incomum para rir de si mesmo – o que tornou o escritor muito bom em criar personagens que também conseguem rir de si mesmos.

    O romance se chama "Viver é prejudicial à saúde" e começa com o narrador-protagonista analisando o próprio reflexo. "Estou aqui, diante do espelho, examinando as mamas", começa ele. Esse narrador é, entre várias coisas, um hipocondríaco com a certeza de que vai desenvolver câncer de mama (um problema que pode, sim, ocorrer em homens, mas os casos são relativamente raros). Porém, ao longo do livro, você vê que ele tem muitos outros problemas. Problemas de verdade.

    O livro "Viver é prejudicial à saúde", de Jamil Snege, faz parte da campanha do Plural com a Arte e Letra. Você assina o jornal curitibano e ganha livros da editora, também curitibana. Saiba mais sobre a campanha, aqui.

    Nesse episódio, o podcast recebe dois convidados: Jean Snege, filho do escritor, e Thiago Tizzot, editor do livro. Na conversa, Jean fala sobre como ele acabou descobrindo o pai na leitura dos livros que ele deixou – sobretudo no romance autobiográfico "Como eu se fiz por si mesmo" – e lembra de como ele podia ser engraçado, inclusive ao falar dos próprios livros.

    Uma espécie de revolucionário e inconformista, Jamil Snege se recusava a publicar por grandes editoras – embora tenha recebido convites para isso. E preferia editar os próprios livros, controlando todas as etapas do processo, inclusive a ilustração da capa.

    Também na conversa com o jornalista Irinêo Netto, Jean e Thiago falam sobre a influência de Snege nas novas gerações de escritores. Além de tudo, falam sobre o humor de Snege, característica que era um de seus superpoderes.

    • 33 min
    Episódio 2.5: Lark exorciza fantasmas e conquista meio mundo com seus quadrinhos

    Episódio 2.5: Lark exorciza fantasmas e conquista meio mundo com seus quadrinhos

    "Olá, mundo", diz Lark na abertura deste episódio de "O que ler agora?", que marca a primeira experiência da cartunista com podcasts. Embora tenha uma presença marcante nas redes sociais – são mais de 80 mil seguidores só no Instagram e não tenha escapado de gravar uma live durante a pandemia, essa é a primeira vez que ela participa de uma entrevista em podcast.

    Com o livro "Como abraçar um fantasma", Lark está participando da campanha de assinaturas do Plural com o apoio da editora e livraria Arte e Letra. Nessa campanha, você assina o Plural nas opções trimestral, semestral ou anual, e ganha livros da Arte e Letra (um, dois ou três livros, respectivamente). Saiba mais sobre a campanha e assine o Plural, aqui.

    Na conversa com o jornalista Irinêo Netto, Lark fala sobre sua relação com as redes sociais, com leitoras e leitores, e sobre uma campanha extraordinária no Catarse. A meta da campanha era levantar R$ 32 mil para publicar "O livro dos pássaros", contando o desfecho de uma história em quadrinhos que começou nas redes sociais (aqui). No fim, Lark conseguiu levantar mais de R$ 500 mil (para ser exato: 528.765 reais), um sucesso estrondoso.

    Ao longo do episódio, Lark fala sobre as ideias e experiências que inspiraram seus livros, com destaque para "Como abraçar um fantasma" (aqui), em que ela parte das próprias experiências para contar a história de uma artista que decide largar seu emprego estável como designer para se dedicar aos quadrinhos.

    • 59 min
    Episódio 2.4: Sobre um romance genial de Manoel Carlos Karam

    Episódio 2.4: Sobre um romance genial de Manoel Carlos Karam

    O tema deste episódio é o livro "Algum tempo depois", de Manoel Carlos Karam (1947–2007). Publicado pela Arte e Letra em 2014, esse romance póstumo é um exemplo notável da literatura de Karam, um catarinense que viveu quatro décadas em Curitiba. (Ele dizia que saiu de Rio do Sul rumo a Paris e parou para pernoitar em Curitiba.)

    Leitor e admirador de Samuel Beckett, Karam escreveu pelo menos 20 peças teatrais – uma delas, "Ovos não têm janela", foi recentemente montada em Curitiba – e 13 livros. Esse interesse pelo autor irlandês de "Esperando Godot" é evidente não só nos textos para o palco, mas também no romance "Algum tempo depois".

    No livro, habitamos a cabeça de um homem que trabalha num escritório de atividades suspeitas, com uma esposa que viaja para cidades europeias e volta carregada de vinhos (e ele sente saudades dela). É sobre a rotina desse homem que fala o livro, das pequenas coisas que acontecem ou deixam de acontecer ao longo da vida.

    Nas palavras de Bruno Karam, filho do escritor, se Paulo Leminski é rock and roll, Manoel Carlos Karam é jazz. Gênero musical que, aliás, ele ouvia enquanto escrevia (Karam era fã de Miles Davis, entre vários outros músicos).

    Assim como outros autores de Curitiba, Karam também foi descoberto e cultuado por figuras de destaque da literatura brasileira – gente como Joca Reiners Terron, escritor por trás da editora Ciência do Acidente, e Marçal Aquino. Karam é um escritor ousado na simplicidade (aparente) do texto. Nas palavras do editor Thiago Tizzot: "Quando você vê o trabalho que tem por trás [do texto], para construir essa aparente simplicidade, é genial".

    Na conversa, Bruno Karam fala sobre virar o curador da obra do pai, sobre a experiência de ler o pai e também sobre as influências musicais do autor. "Algum tempo depois", de Manoel Carlos Karam, faz parte da campanha do Plural com a Arte e Letra. Você assina o jornal e ganha livros de escritoras e escritores curitibanos (saiba mais sobre a campanha aqui).

    "Algum tempo depois", de Manoel Carlos Karam. Arte & Letra, 176 páginas, R$ 40. Romance. Outras informações sobre o livro, aqui.

    • 31 min
    Episódio 2.3: Marcos Pamplona conversa sobre crônicas, Lisboa e a vida

    Episódio 2.3: Marcos Pamplona conversa sobre crônicas, Lisboa e a vida

    Este episódio de "O que ler agora?" faz parte de uma série sobre escritoras e escritores que participam da campanha de assinaturas do Plural com a editora Arte & Letra. Você assina o jornal e ganha livros da editora curitibana.

    Saiba mais sobre a campanha, aqui. Ela vai até o dia 31 de agosto de 2023.

    Desta vez, a conversa é com o escritor Marcos Pamplona, que fala sobre o livro "O anjo da incerteza", uma seleção de crônicas publicadas no Plural. Recém-lançado pela Arte e Letra, o livro reúne três dezenas de textos, todos ilustrados pelo artista gráfico Frede Tizzot. Para Pamplona, a crônica – o mais brasileiro dos gêneros literários – é uma forma de revolução (ele fala mais sobre isso aqui).

    Poeta e editor, quatro anos atrás Pamplona estava lidando com o fim de um casamento e com uma situação política angustiante no Brasil. Depois do trauma de uma ditadura militar – ele chegou a ser preso pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) nos anos 1980 –, Pamplona resolveu ir embora para Lisboa. Nessa nova vida, ele se descobriu cronista.

    "Comecei a escrever crônicas sobre os personagens que conheci no bairro em que eu morava, o Bairro Alto", diz. Um desses personagens é a dona Napoleontina, uma senhora de 90 anos que morava há 70 no mesmo apartamento. Um vazamento no prédio acabou aproximando os dois – e eles se tornaram amigos.

    Situações como essa animam os textos de Pamplona, que tem um olhar afetuoso e atencioso sobre as coisas triviais (à primeira vista) da vida. Sobre a experiência de escrever, Pamplona diz: "A felicidade não pede que a gente escreva. A felicidade pede que a gente viva".

    Quando a felicidade dá um tempo, ele escreve sobre memórias de infância, sobre personagens pitorescos, sobre a importância de publicar e ler livros mesmo quando você tem dificuldade de ver o quão importante isso pode ser.

    Na conversa com o jornalista Irinêo Netto, Pamplona fala ainda sobre as diferenças entre Brasil e Portugal, sobre as impressões que teve ao passar por Curitiba e Florianópolis depois de quatro anos fora do país. "Eu me sinto muito feliz aqui", diz ele, sobre Lisboa.

    • 45 min

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